AS CHATAS COMPARAÇÕES


Você anda comparando seu bebê com outro que, aos seus olhos, parece ser mais forte e mais inteligente?  Você se engana! Seu bebê é tão inteligente quanto o outro.

Essa chata comparação é comum entre as mães, avós e amigos que pode ser ilustrado na seguinte forma: Certo dia vocês vão passear na pracinha e encontram bebês de mesma idade do seu falando em alto e bom tom: “papai”, “mamãe”, alguns já bebem água no copo, outros pulam, andam, correm, dão “tchau”, soltam beijo e batem palma.

Espantada com a cena que você vê, começa a comparar seu bebê, que não faz nada de extraordinário, além de coco e xixi. Até que se aproxima uma mãe (em todos os passeios aparece uma dessa) querendo fazer amizade:

“- ele não anda não é?” – Em tom de pasmo.
Você de imediato responde “– Ainda não.”
Para lhe irritar ainda mais, ela completa “- Ah... o meu andou com 8 meses.” E começa a lhe dá um monte de dicas para o seu andar logo, como se seu filho tivesse uma questão a ser resolvida em análise.

Você retorna para casa, visivelmente “jururu”, achando que seu bebê não é tão desenvolvido e passa o dia inteiro ensinando seu nenê a andar. Você faz isso? Então é preciso entender que cada bebê tem seu tempo, espere o tempo dele e esqueça as comparações. Não deixe que isso atrapalhe seu passeio e o gostoso vínculo com ele.

Pronto, seu bebê deu uns passinhos e então você se encoraja para ir para a pracinha novamente, quando “dá de cara” com aquela mesma mãe do início da história e prefere ir para o lado oposto, evitando sua vã presença. Quando você menos espera aproxima-me outra mãe, das típicas que adoram puxar conversa iniciando assim:
“- Ele dorme a noite toda?”
Você de imediato responde “– Isso existe? O meu acorda 5 vezes na madruga.”
Para lhe irritar ainda mais, ela completa “- O meu desde os 3 meses.” E começa a lhe dá um monte de dicas para o seu dormir a noite toda, como se seu filho tivesse mais uma questão a ser resolvida em análise.

Posso lhe tranqüilizar dizendo que: muitas mães mentem para exaltar suas educações e outras comparam mesmo. Muitas usam de artifícios horríveis como encher a barriga do bebê até estourar de “engrossantes” para o menino não acordar durante a madrugada e outras deixam chorando até esgoelar a garganta, que cansados dormem deprimidos sem o conforto e o ninar delicioso dos pais.

Intervenções como essas exaltam as dificuldades NORMAIS dos nossos bebês. Ele é um bebê, nasceu há poucos meses e tem dificuldade de se adaptar às regras da vida.

Para que você possa entender com afinco, gostaria que, por um momento, imagine que você é um bebê e que estava num conforto absoluto aonde sem esforços lhe chegava o alimento, bailava sobre um líquido aquecido, vivia nu e portanto livre de grudes. Certo dia, sem lhe avisar, uma luz de 1.000 watts clareia sua cara, seu olho arde, quanto mais pisca mais piora o ardor, 6 (seis) mãos lhe pega, duas lhe puxa, passa um pano atritando e irritando seu corpo, lhe coloca de cabeça para baixo, corta seu umbigo, lhe pesa, parada obrigatória para fotos, você chora horrores, sua mãe lhe aperta, estala um monte de beijos na sua bochecha, te dão banho, molha a cara, sabão, toalha, quer mais agressão? Fura a orelha, não satisfeito fura a outra orelha, colocam um objeto estranho na orelha que chamam de argola/brinco, tem que aprender a sugar, hora de tomar vacina, furadas no pé, remédios e soro na veia. Quer mais agressão mesmo, então vamos lá: lhe colocam roupas, tocas, luvas, meias e fralda... na qual o coco fica parado esperando feder para que os pais percebam e façam a troca, sem falar que o coco fica esquentando e colando na sua bunda, o xixi ardendo e assando, lá vem pomada, proteger contra assadura, troca a fralda, molha a bunda novamente, coloca outra fralda, aperta ele, aperta mais, mexe, remexe, vira, veste a roupa, são as regras da vida. Isso tudo é muito difícil e não para por aí, eles tem que aprender a andar, correr, comer de tudo, a dormir, tem tomar banho de sol, e muitos já assistem a galinha pintadinha. É muita informação para absorver.

Sem esquecer que tem que aprender a falar e não é falar o que o bebê quer, é para falar o que as pessoas querem que ele fale: "fala mamãe", "fala papai", "fala eu te amo", "fala mingau", "fala gol do esporte Clube Bahia" e ainda tem que ter o famoso "goooollll do Baêaaaa".

Assim como nós, temos muitas dificuldades na vida, até na adulta, em “ter tato” para falar com as pessoas mal humoradas e que precisamos delas, em saber se comportar no trabalho, em atender uma ligação, tem regras para tudo nessa vida e muitas vezes erramos porque estamos sempre aprendendo.

Essas comparações vão ocorrer a todo o momento, em casa com a família também, será muito comum escutar das avós: “Precisa ver o neto da Deralda já bate palma ele é tão desenvolvido, você precisa ensinar Zezinho a bater palma para ficar bonito nas fotos do aniversário”. Em outras palavras acabou de dizer que o seu não é desenvolvido e sem saber ela (você não vai confidenciar, é claro), que você passa SIM todos os dias ensinando a ele bater palma e mesmo assim, para seu descontentamento, ele não bate no dia do aniversário de 1 ano. Como uma criança vai fazer essa repetição, se tem um monte de gente olhando para cara dele, tem animação, tem palhaço, tem bolo, tem decoração, tem bola, bola, bola e mais bola, tem menino correndo e um monte de gente dizendo “- bate palma, bate palma, bate, bate, manda ele bater palma, bate, bate, bate palma, diz pra ela mandar ele bater palma, bate palma, vai, bate”. Não dá minha gente, calma.

Para que isso? Será que isso mede desenvolvimento? Será que o neto da Deralda é mais inteligente que o seu?

“- Precisa ver o Geraldinho, sabe o filho do Geraldo? Ele é tão grande, bem maior que o Zezinho”.
Como que você quer que seu bebê seja maior que o Geraldinho, se os pais do Geraldinho são altos? Pela genética, logicamente e cientificamente, Geraldinho será maior mesmo que o Zezinho. Se você tem uma pequena estatura não pode comparar seu bebê com bebês maiores, aliás cuidado hein? Se seu bebê for grande e você e seu marido são pequenos... é de se estranhar não acha?

Queremos, queremos, queremos, só queremos. Por que ao invés desses desejos que só maltratam e diminui seus babies, você não busca elogiar no que ele apresenta de mais legal?
Pense no que seu filho tem de bom e ao invés de culpá-lo e exigir que aprendam rápido, dou-te uma dica, não queiram que aprendam nada rápido, aproveitem calmamente cada ano, porque um dia ele criará asas e de sua casa vai embora, se casam, querem independência e raramente farão uma ligação para você, vão te achar chata, velha e retrógrada e darão razão a sua nora, 30 anos a menos de experiência de vida que você. Aproveitem seus bebês calmamente.

Eles estão aprendendo, somente não reproduz o que escutou porque não são papagaio de repetição, eles são bebês e isso mostra muita originalidade e personalidade.

“- Meu bebê não come, ai eu queria que fosse como o Geraldinho que come de tudo”. Se você está nesta situação, nada de comparações, sugiro que acesse meu blog e encontre uma receitinha legal de comida de bebê, se ele não gostar, não tem problema, tenta outra receitinha lá do Blog e calma! Juntos chegamos lá, minhas receitas agradam até os paladares dos bebês exigentes.

Sororidade é a palavra de ordem.

O que é Sororidade:

Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.


O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.

Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.

A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas reivindicações.

A origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”. Este termo pode ser considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer dizer “irmão”.
Fonte: https://www.significados.com.br/sororidade/

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